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Pensão Alimentícia: tudo o que você precisa saber para não perder seus direitos

  • Foto do escritor: Leandro Oliveira
    Leandro Oliveira
  • 20 de nov.
  • 3 min de leitura
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Guia completo, direto e prático.


A pensão alimentícia é um dos temas jurídicos que mais geram dúvidas, e conflitos.Quando começa? Quando termina? Pode ser revisada? Como cobrar? O que acontece se não pagar?


Este guia reúne tudo o que realmente importa, explicado de forma simples, com base na legislação, na prática dos tribunais e nos erros mais comuns cometidos por pais, mães e responsáveis.


O que é pensão alimentícia (e o que ela realmente cobre)?


Muita gente acredita que “alimentos” significam apenas comida. Mas, no Direito, alimentos abrangem tudo que é essencial para o desenvolvimento pleno da criança, como:


  • alimentação

  • moradia

  • vestuário

  • transporte

  • educação

  • saúde

  • lazer básico


Ou seja: pensão é sobre manter a dignidade da criança ou dependente, não sobre “ajudar quando der”.É obrigação legal. E descumpri-la gera consequências sérias.


Até quando deve ser paga? A verdade que muitos desconhecem


A pensão não acaba automaticamente aos 18 anos.Esse é um dos equívocos mais comuns.

A maioridade encerra o poder familiar, mas não encerra, por si só, a obrigação alimentar.


Ela pode continuar quando:

  • O filho ainda estuda (ensino médio, técnico ou faculdade)

  • Ele não possui meios próprios de subsistência

  • Há necessidade comprovada (saúde, incapacidade etc.)

A regra é simples: Se há necessidade + possibilidade, a pensão permanece.


Quando a pensão pode ser reduzida ou aumentada?


A pensão é baseada no tripé: Necessidade do filho x possibilidade de quem paga x proporcionalidade.


Então, ela pode ser revista quando existir:

  • perda de emprego

  • redução significativa da renda

  • nascimento de outro filho

  • aumento das despesas da criança

  • necessidades especiais ou novos tratamentos


Revisão não é automática.É preciso ação judicial, quem tenta resolver “na conversa”, geralmente se complica depois.


O que fazer para parar de pagar pensão quando o filho já é adulto?


Outro erro comum: achar que parar de pagar é só “avisar o outro responsável”.

Errado


.Para cessar a pensão, é necessário ajuizar uma ação de exoneração de alimentos.

O juiz avaliará:

  • se o filho trabalha

  • se possui renda

  • se está estudando

  • se ainda depende economicamente


Enquanto não houver decisão judicial, a dívida continua acumulando, e pode gerar prisão.


O que acontece se não pagar pensão alimentícia?


A lei é clara: o responsável pode responder em duas frentes.


Prisão civil (de 30 a 90 dias)

Aplica-se quando o atraso envolve até 3 últimas parcelas ou débitos recentes.


Processo criminal – Abandono Material (art. 244 do CP)

Pena de 1 a 4 anos, multa e registros nos antecedentes.


Além disso, pode ocorrer:

  • bloqueio de valores

  • penhora de bens

  • bloqueio de CNH e passaporte (em alguns estados – entendimento variável)

  • inscrição nos cadastros de devedores


O não pagamento não é “mero atraso”. É descumprimento legal.


Como cobrar pensão atrasada?

Para cobrar e receber, você pode:


Entrar com execução de alimentos

Método rápido, com possibilidade de prisão.


Pedir desconto direto na folha

Para quem é empregado registrado.


Penhorar bens e contas

Via SISBAJUD.


Requerer busca de endereços e bens

Ferramentas como Infojud, Renajud etc.


Quanto mais provas documentais você tiver, mais rápido é o processo.


Pensão alimentícia e PIX: como comprovar pagamentos?

Com a popularização do PIX, muitos responsáveis pagam sem colocar identificação, e isso gera confusão. Use sempre:


  • Comprovante identificável

  • Descrição clara (“pensão mês tal”)

  • Recibos assinados quando necessário


Evite depósitos feitos por terceiros ou sem rastreabilidade.


Conclusão: pensão alimentícia é um assunto sério — e a Justiça não trata como “briga de família”


Seja você quem paga ou quem recebe, entender seus direitos evita:


  • conflitos

  • processos longos

  • risco de prisão

  • cobrança indevida

  • perda de dinheiro


Se há dúvida, conflito ou mudança na renda, o caminho é sempre jurídico, não emocional. Orientação correta evita problemas que podem durar anos.

 
 
 

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